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Prefeito Luciano Almeida visita Reservatórios da Marechal

O complexo possui quatro reservatórios; o mais antigo, com capacidade para 2 milhões de litros de água, foi totalmente reformado

 

O prefeito Luciano Almeida visitou ontem, 13/11, acompanhado do presidente do Semae, Raul Morais, a Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) e Reservatórios Marechal, que são mantidos pela Prefeitura de Piracicaba, por meio do Semae. O complexo possui quatro reservatórios e teve importante papel no desenvolvimento da cidade; o mais antigo deles, datado do final do século 19, passou por reforma e revitalização completas nesta Administração. Em 2022, antes das obras, o reservatório ficou aberto à visitação e sua arquitetura imponente atraiu mais de 20 mil pessoas.

É uma obra demorada, justamente pela complexidade dela. Vamos, agora, realizar os testes de estanqueidade no reservatório principal para garantir que não há mais vazamentos e, assim, poder voltar a utilizar. Uma obra fundamental para melhorar o abastecimento de água em Piracicaba”, salientou Luciano Almeida.
Morais destacou que “após testes de estanqueidade o reservatório entrará em operação, beneficiando principalmente os bairros da região central da cidade, com um abastecimento de água mais seguro e eficiente”.
Os reservatórios da Marechal além de abastecer a região central por gravidade, também são responsáveis pelo abastecimento dos reservatórios das regiões Pauliceia, XV de Novembro, Unileste, Dois Córregos, Conceição, Tupi e Cecap.

De acordo com Tiago Gonçalves de Jesus, chefe de Divisão de Operações do Semae, que também acompanhou a visita, o reservatório reformado é o mais antigo do complexoe tem capacidade para armazenar possui 2.000 m³ (que equivale a 2 milhões de litros de água).


AS OBRAS – Após o fechamento para a visitação pública em 2022, o reservatório recebeu melhorias através da reforma e impermeabilização das áreas internas, visando a eliminação de fissuras e trincas do reservatório.

Os reservatórios de tijolos apresentavam problemas devido ao desgaste comum do tempo nas estruturas. A reforma consistiu na impermeabilização dos locais, retirando o revestimento atual, já danificado, e substituindo por uma manta de PVC inerte, que não contamina a água e nem se desmancha. Foi realizada também aplicação da camada de concreto e, na sequência, a manta de impermeabilização.
“A importância é uma reserva maior de água, garantindo ao sistema distribuir de forma contínua, com uma maior reserva é possível diminuir o impacto na distribuição em situações de manutenção emergenciais ou programadas”, acrescentou Jesus.

 

CASA DE BOMBAS – Além da reforma do reservatório, o Semae executou também, neste ano, obras de ampliação e melhorias na casa de bombas da EEAT Marechal. As obras consistiram na troca dos cabos de alimentação entre o quadro geral e os motores já instalados na unidade; instalação dos novos cabos entre o quadro geral e os painéis de dois novos motores; troca de um motor e uma válvula de retenção; troca do transformador; troca de tubos e conexões antigos e que já estavam comprometidos pelo tempo de uso; e interligação de dois novos conjuntos motobombas.

O objetivo do serviço foi de oferecer mais segurança ao sistema instalado, diminuindo os problemas elétricos na unidade, além de aumentar a capacidade de bombeamento do sistema em mais 100 litros por segundo, atendendo a crescente demanda da região abastecida pela unidade. Esse aumento na capacidade significa fornecimento de água para mais 36 mil pessoas.

O Semae também realizou, em 2022, a instalação da nova Adutora Marechal-Pauliceia, que beneficiou cerca de 35 mil residências e 100 mil pessoas de 16 bairros.

 

HISTÓRIA – As obras de escavação para a construção dos Reservatórios da Marechal foram iniciadas em 23 de maio de 1886. Os reservatórios semi-enterrados consistiam em duas pequenas edificações para guarda entre as ruas Silva Jardim, Cristiano Cleopath e Marechal Deodoro, com capacidade para 3,1 milhões de litros. Originalmente, o reservatório apresentava fachadas de característica neoclássica, com modenatura (conjunto de molduras), óculos, entablamento, platibanda (faixa vertical que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado) e portas em arco abatido.
A fachada principal é simétrica e dividida em sete blocos, apresentando três portas e quatro óculos circulares. Não existe um elemento de destaque, sendo que os mesmos se repetem. As demais fachadas, num total de três, foram executadas com os mesmos elementos da fachada principal, e as envazaduras também eram óculos gradeados. No conjunto, havia um portão (desaparecido) executado pelo serralheiro pelotense João José de Abreu, datado de 1885.

14/11/24 17h44 - JOSÉ EDUARDO PEREIRA CEZARIO